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Quais são as classificações do café?

Classificações do café

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo e o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores do grão. E para garantir a qualidade do nosso café, existem classificações do café específicas que ajudam a determiná-la de acordo com as características dos grãos.

Desse modo, essas classificações são importantes tanto para os produtores, quanto para os exportadores e consumidores, uma vez que indicam o seu nível de qualidade. Por consequência, os melhores produtos podem receber a valorização que merecem.

Ficou interessado no assunto e quer saber mais? Então, continue com a leitura deste artigo!

Como são as classificações do café segundo o MAPA

Duas entidades regulamentam a classificação do café no Brasil: o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e a ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café).

Desse modo, elas são responsáveis por estabelecer as regras e padrões de qualidade para a produção brasileira dos grãos. Assim, a classificação do MAPA foca a sua avaliação na quantidade de grãos defeituosos em uma amostra do produto.

Uma das classificações do café é de bebida dura e refere-se ao grão produzido em regiões com altitudes elevadas e com clima ameno. Nesse caso, o grão dá origem a uma bebida encorpada e bem valorizada, diferente da bebida mole, a qual é mais complexa e por isso também tem valor superior.

A bebida mole, outra classificação do café, tem origem de regiões com altitudes ainda mais altas e com clima mais quente. Assim, conta com maior suavidade e doçura, podendo apresentar notas frutadas, florais, cítricas e outras.

A bebida pode ser classificada também como estritamente mole, apenas mole, riada, rio e rio zona. O termo “rio” diz respeito aos grãos defeituosos, resultando em uma bebida de baixa qualidade, menos valorizado e mais barato.

Já a classificação “rio zona” indica a presença de grãos extremamente defeituosos, que produzem uma bebida de baixíssima qualidade. Normalmente a matéria-prima inferior é usada na produção de cafés instantâneos, por isso, o seu preço é o mais acessível.

Como são as classificações do café para a ABIC

A ABIC classifica o café em quatro categorias: gourmet, superior, tradicional e extraforte. Já a BSCA (BSCA – Brazil Specialty Coffee Association) classifica os cafés em especiais e extraordinários. Veja a seguir no que consiste em cada uma delas:

Café Extraordinário

O café do tipo extraordinário é considerado um verdadeiro prazer para o paladar. Afinal, na escala que vai até 100 pontos, os extraordinários são avaliados em notas acima de 90 pontos, sendo, portanto, raridade no mercado.

Isso acontece porque todo o seu processo é de alta qualidade e destaca-se entre os melhores, refletindo no seu preço mais caro, além de valorizar imensamente a fazenda do seu cultivo.

Café Especial

O café especial é de qualidade excelente, graças aos grãos maduros e rigorosamente selecionados. Também são livres de impurezas e recebem notas acima de 80 pontos, destacando-se em requisitos como aroma, doçura, acidez, amargor, sabor residual e corpo. Assim como harmonia, uniformidade e ausência de defeitos.

Café Gourmet

Café gourmet é a classificação que indica uma bebida de boa qualidade, já que os grãos não apresentam defeitos. Desse modo, oferecem um sabor melhor em relação aos cafés mais comuns, que veremos a seguir, mas não são tão bons como os anteriores e recebem notas entre 75 a 80 pontos.

Café Superior

Café Superior é a classificação de uma bebida de qualidade mediana, produzida a partir dos grãos verdes ou que se quebraram no caminho, além de contarem com impurezas. No entanto, para ficar nessa categoria, que avalia com notas entre 70 a 75 pontos, aceita-se apenas 10% de defeitos. Possui sabor amargo e torra bem escura.

Café Tradicional

A classificação de Café Tradicional é o mais presente no dia a dia dos brasileiros e apresenta qualidade baixa, por ser feito com os grãos colhidos todos juntos, incluindo, verdes, maduros e passados e, assim, recebe notas entre 65 a 70 pontos. Ou seja, não é feita uma seleção dos grãos, o que faz com que possua muitas impurezas. Sua torra é escura e sua moagem é fina, resultando em uma bebida amarga.

Café Extraforte

Essa é a classificação que indica um café de baixa qualidade, sendo avaliado com notas abaixo de 65 pontos. Os grãos colhidos geralmente estão misturados com pedras, pequenos pedaços de galhos e outras impurezas. Por isso, apresenta uma torra muito escura, praticamente queimada, e sua moagem é bem fina para que o alto grau de impurezas seja mascarado.

Conclusão

As classificações do café no Brasil são muito importantes para garantir a qualidade do produto e valorizar o café brasileiro no mercado internacional. Além disso, agora que você as conhece, vai entender as nomenclaturas utilizadas e identificar os tipos de café para que consiga fazer uma escolha assertiva ao comprar o produto.


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